Dr. Roberto N P Gimena - psiquiatra botafogo
O tratamento eficaz precisa de uma compreensão profunda do paciente e seus problemas
Minha formação
Psicologia
Comecei minha formação em Psicologia na UFRJ, me aprofundando em psicanálise para compreender os problemas e questões que meus pacientes me traziam. Com 5 anos de prática como psicólogo e terapeuta, percebi que precisava de mais ferramentas e conhecimento para ajudá-los.
Medicina
Entendi que para cuidar da mente, era preciso cuidar do corpo também e assim comecei a grauacão de medicina na UFRJ. Após terminar a graduação, usei esses conhecimentos em comunidades indígenas na Amazônia, trabalhando com o Exército Brasileiro em Cucuí, Pari-Cachoeira e Yauaretê. Essa experiência me ensinou a valorizar ainda mais a importância da saúde integral e me levou a dar uma atenção especial às questões sociais que determinam a saúde do corpo e da mente.
Psiquiatria
De volta ao Rio de Janeiro, comecei a minha especialização em Psiquiatria no IPUB/UFRJ, para poder unir o tratamento da psicoterapia à psicofarmacologia. Com mais de 20 anos trabalhando em saúde mental, comecei a combinar os conhecimentos da psicologia, medicina e psiquiatria pra atender às questões de meus pacientes que cruzavam as fronteiras dessas áreas .
Ensino
Além de atuar na prática da psiquiatria, desenvolvi também um trabalho de ensino e formação de residentes como matriciador em diversas clínicas de família do SUS.
Bem-vindo ao meu consultório.
Transtornos que atendo:
- Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG)
- Transtornos do humor: Depressão, Bipolaridade (TAB)
- Síndrome do pânico
- Transtorno do Estresse Pós-traumático (TEPT)
- Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC)
- Transtorno de Ansiedade Social (TAS)
- Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH)
- Transtorno do Espectro Autista (TEA)
Neuropsiquiatria
A testagem neuropsicológica é uma ferramenta importante para o diagnóstico de transtornos mentais, como ansiedade e depressão. Por meio de uma série de testes, é possível avaliar o desempenho cognitivo do paciente em diferentes áreas, como atenção, memória, linguagem e habilidades visuais-espaciais. Algumas das escalas mais utilizadas em psiquiatria incluem a Escala de Hamilton para Depressão (HAM-D), a Escala de Ansiedade de Hamilton (HAM-A), a Escala de Beck para Depressão (BDI) e a Escala de Ansiedade de Beck (BAI). A partir dos resultados desses testes, é possível obter informações mais precisas sobre as áreas cognitivas afetadas e direcionar o tratamento de forma mais eficaz.
A ressonância magnética (RM) é uma técnica de imagem não invasiva que tem sido amplamente utilizada em psiquiatria para avaliar a estrutura e a função cerebral em diferentes transtornos mentais. Na demência, a RM é frequentemente usada para avaliar a atrofia cerebral, especialmente em regiões como o hipocampo e o lobo temporal, que estão relacionados à memória e ao processamento de informações. Já na esquizofrenia, a RM tem sido usada para avaliar alterações na substância branca do cérebro e em áreas como o córtex pré-frontal e o tálamo, que estão associados a funções cognitivas e sensoriais.
Vários estudos têm apontado a eficácia da RM no diagnóstico e no monitoramento de transtornos mentais, como demência e esquizofrenia. Um estudo de 2019 publicado no Journal of Psychiatry and Neuroscience, por exemplo, avaliou a relação entre a atrofia cerebral na demência e o comprometimento cognitivo em pacientes idosos. Outro estudo, publicado na revista Frontiers in Psychiatry em 2020, investigou as alterações cerebrais em pacientes com esquizofrenia por meio de técnicas de neuroimagem, incluindo a RM. Esses estudos destacam a importância da RM como uma ferramenta de diagnóstico valiosa em psiquiatria.
A utilização de testes genéticos em psiquiatria tem ganhado cada vez mais espaço na prática clínica. Estes testes têm a capacidade de identificar variantes genéticas associadas a transtornos mentais, permitindo assim uma maior precisão no diagnóstico e tratamento individualizado. Um exemplo é o teste GeneSight Psychotropic, que avalia a interação entre os genes do paciente e os medicamentos psiquiátricos prescritos, ajudando a selecionar a medicação mais adequada para cada indivíduo. Estudos têm mostrado que este teste pode melhorar significativamente a resposta ao tratamento e reduzir os efeitos colaterais em pacientes com transtornos de ansiedade, depressão e bipolaridade (Greden et al., 2021; Hall-Flavin et al., 2013).
A conexão entre o cérebro e o intestino é cada vez mais evidente na literatura científica. A alimentação e a nutrição podem afetar diretamente a saúde mental, como demonstrado em estudos que mostram a relação entre deficiências nutricionais e sintomas de depressão e ansiedade. A psiquiatria pode, portanto, realizar uma avaliação nutricional detalhada para determinar se a alimentação do paciente está contribuindo para seus sintomas e identificar deficiências nutricionais específicas.
O microbioma intestinal também tem sido amplamente estudado nos últimos anos como um importante modulador do sistema nervoso central e da saúde mental. A psiquiatria pode avaliar a saúde do microbioma intestinal do paciente e recomendar mudanças na dieta para melhorar a diversidade e a saúde das bactérias intestinais. Além disso, o uso de probióticos específicos e suplementos nutricionais pode ajudar a restaurar o equilíbrio do microbioma intestinal e melhorar a saúde mental do paciente.
A avaliação nutricional realizada pela psiquiatria pode ser um complemento importante ao tratamento tradicional para doenças mentais. Considerando a conexão cérebro-intestino e o papel crucial do microbioma intestinal na saúde mental, a psiquiatria pode oferecer um tratamento mais holístico para os pacientes, incorporando mudanças na dieta, suplementos nutricionais e probióticos, juntamente com a terapia e medicação padrão. A avaliação nutricional pode ajudar a identificar deficiências nutricionais específicas e melhorar a saúde mental do paciente a longo prazo, com potencial para reduzir a necessidade de medicamentos psiquiátricos.
A desprescrição em psiquiatria é um processo que visa a redução ou interrupção gradual do uso de medicamentos psiquiátricos em pacientes que não mais necessitam ou que estão em uso prolongado e com potencial de efeitos colaterais indesejáveis. É um tema de grande importância na prática clínica atual, uma vez que o uso excessivo e inadequado de medicamentos psiquiátricos pode levar a riscos significativos para a saúde dos pacientes, incluindo a dependência, o desenvolvimento de efeitos colaterais graves e a interação medicamentosa.
A desprescrição, quando bem indicada e realizada de forma gradual e segura, pode trazer benefícios importantes para os pacientes, como a redução dos riscos de efeitos colaterais e a melhora da qualidade de vida. Além disso, a desprescrição pode promover uma maior autonomia dos pacientes em relação ao tratamento, uma vez que estes passam a ter um papel mais ativo e consciente na gestão da própria saúde mental.
Existem muitos psiquiatras que são conhecidos por enfatizar a redução ou descontinuação gradual da medicação em seus pacientes, quando apropriado.Na minha prática de redução de medicações, uso as técnicas criadas pelos seguintes psiquiatras:
- Dr. Peter Breggin - psiquiatra americano que é um crítico proeminente do uso excessivo de medicamentos psiquiátricos e tem enfatizado a descontinuação gradual da medicação em seus pacientes.
- Dr. Joanna Moncrieff - psiquiatra britânica que tem enfatizado a importância de abordagens mais holísticas para a saúde mental, incluindo a redução ou descontinuação da medicação quando apropriado.
- Dr. David Healy - psiquiatra irlandês que tem criticado o excesso de prescrição de medicamentos psiquiátricos e enfatizado a importância da redução ou descontinuação da medicação quando apropriado.
A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica que se baseia na ideia de que nossos pensamentos, emoções e comportamentos estão interconectados e influenciam uns aos outros. Na TCC, a terapia se concentra em identificar e mudar padrões de pensamento disfuncionais e comportamentos prejudiciais que contribuem para a ansiedade e depressão. Algumas técnicas específicas utilizadas na TCC incluem a reestruturação cognitiva, que envolve a identificação e modificação de pensamentos negativos, a exposição gradual, que ajuda os pacientes a enfrentar seus medos de forma gradual, e o treinamento em habilidades sociais, que ajuda os pacientes a melhorar suas habilidades de comunicação e interação social.
Aaron Beck e Albert Ellis são dois dos principais autores que desenvolveram a TCC. Beck é conhecido por sua abordagem centrada na reestruturação cognitiva e sua ênfase na identificação de crenças disfuncionais. Ellis, por outro lado, desenvolveu a Terapia Racional Emotiva Comportamental (TREC), que se concentra na identificação e modificação de pensamentos irracionais e crenças limitantes que contribuem para problemas emocionais. A TCC é frequentemente utilizada para tratar ansiedade e depressão, e estudos têm mostrado que ela pode ser tão eficaz quanto a medicação para o tratamento desses transtornos.
A psicanálise é uma abordagem teórica e clínica que tem como objetivo trabalhar com o inconsciente, a fim de transformar a posição subjetiva da pessoa e, assim, diminuir os sintomas que a afligem. Através da escuta do sujeito e da interpretação de suas falas, sonhos, lapsos e sintomas, é possível compreender a relação que ele estabelece com sua própria fantasia e com o mundo à sua volta. Assim, o trabalho do analista consiste em auxiliar o sujeito a ressignificar suas experiências, para que possa lidar de forma mais saudável com suas emoções e conflitos internos.
A técnica da psicanálise lacaniana envolve o uso da transferência, ou seja, da relação estabelecida entre o analista e o sujeito, como um instrumento terapêutico. Além disso, utiliza-se o conceito de "objetos a" como elementos que o sujeito busca constantemente para preencher uma falta existencial, e que acabam por gerar conflitos e sintomas. A partir desse entendimento, a psicanálise lacaniana trabalha para que o sujeito possa lidar com essa falta e encontrar novas formas de preenchê-la, de maneira mais saudável e satisfatória.
Dessa forma, a psicanálise lacaniana se apresenta como uma ferramenta eficaz no tratamento de transtornos mentais, como a ansiedade e a depressão, uma vez que permite ao sujeito uma nova forma de olhar para si mesmo e para o mundo, lidando de forma mais consciente com suas emoções e conflitos internos. Por meio de um trabalho conjunto entre analista e paciente, é possível atingir uma transformação subjetiva significativa, que pode levar a uma diminuição dos sintomas e a uma melhora na qualidade de vida.
O CBD, também conhecido como canabidiol, é um dos principais componentes da planta de cannabis, mas diferente do THC, não causa efeitos psicoativos. Recentemente, tem sido estudado por seus potenciais efeitos terapêuticos no tratamento de ansiedade e depressão. Pesquisas sugerem que o CBD pode ajudar a regular a resposta do sistema nervoso ao estresse, reduzindo a ansiedade e a depressão em algumas pessoas. Por exemplo, um estudo publicado no Journal of Psychopharmacology mostrou que pacientes com ansiedade social que receberam CBD apresentaram uma redução significativa na ansiedade em comparação com aqueles que receberam um placebo.
Outro estudo, publicado no Journal of Affective Disorders, avaliou os efeitos do CBD em pacientes com depressão. Os resultados sugerem que o CBD pode ter um efeito antidepressivo potencialmente rápido e sustentado em pacientes com depressão, sem causar efeitos colaterais graves. No entanto, mais pesquisas são necessárias para entender completamente os mecanismos pelos quais o CBD afeta a ansiedade e a depressão e determinar a dosagem ideal e a duração do tratamento.
A abordagem científica do uso de CBD (canabidiol) em psiquiatria tem ganhado cada vez mais atenção nos últimos anos. Estudos têm demonstrado que o CBD pode ser eficaz no tratamento de diversas condições psiquiátricas, incluindo ansiedade, depressão e transtornos do espectro autista. Essa abordagem se baseia em evidências científicas que mostram a interação do CBD com o sistema endocanabinoide do corpo humano, que é responsável por regular funções fisiológicas e psicológicas.
Uma fonte importante de informação sobre o uso de CBD em psiquiatria é o Cannabis Health Index. Este índice foi desenvolvido por uma equipe de pesquisadores liderada pelo Dr. Dustin Sulak, que analisou mais de 10.000 estudos sobre cannabis e seus componentes. O índice atribuiu pontuações para diferentes condições médicas com base nas evidências científicas disponíveis, e o uso de CBD para transtornos psiquiátricos recebeu pontuações significativas.
TEA - Transtorno do Espectro Autista
"O autismo não é uma limitação, mas sim uma perspectiva única do mundo, que nos desafia a reconsiderar nossas concepções convencionais de normalidade e a abraçar a diversidade humana." - Martine Delfos.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neuropsiquiátrica que pode afetar a forma como uma pessoa se comunica, interage e compreende o mundo ao seu redor. As pessoas com TEA podem ter dificuldades na comunicação verbal e não-verbal, bem como na compreensão de nuances sociais. Além disso, podem apresentar comportamentos repetitivos e interesses restritos em determinados assuntos. É importante destacar que o autismo é uma condição altamente diversa, com uma ampla variação no seu espectro, o que significa que cada pessoa com TEA é única e pode ter diferentes níveis de funcionalidade.
No entanto, é importante lembrar que o autismo também pode ser uma parte valiosa e única da identidade de uma pessoa. Muitas pessoas com TEA têm habilidades e talentos especiais em áreas como arte, música, matemática, entre outros. É fundamental tratar as pessoas com autismo com empatia, compreensão e aceitação, e promover inclusão em todos os aspectos da sociedade, para que possam alcançar seu pleno potencial.
- Dificuldade em se comunicar verbalmente ou compreender as intenções de comunicação dos outros.
- Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo, bater as mãos ou girar objetos.
- Dificuldade em lidar com mudanças na rotina ou em lidar com situações novas.
- Sensibilidade intensificada a estímulos sensoriais, como sons altos, luzes brilhantes ou texturas diferentes.
- Dificuldade em compreender ou expressar emoções e sentimentos.
- Dificuldade em estabelecer e manter relacionamentos sociais, incluindo fazer amigos.
- Interesse restrito e intenso por um tópico específico, como carros, números ou horários.
- Dificuldade em compreender expressões faciais, gestos e outras formas de comunicação não verbal.
- Comportamentos inflexíveis ou rituais específicos, como seguir uma rotina rigorosa ou insistir em certos padrões de comportamento.
- Dificuldade em brincar de forma imaginativa ou participar em jogos de faz-de-conta.
O Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) é um distúrbio neuropsiquiátrico caracterizado por déficits na comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamento. O tratamento do TEA é multidisciplinar e pode incluir intervenções psicofarmacológicas, terapia comportamental, terapia ocupacional, fonoaudiologia e outras abordagens terapêuticas. Segundo um artigo recente publicado na revista "Journal of Autism and Developmental Disorders" em 2022, a terapia comportamental, como a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), tem sido amplamente utilizada no tratamento do TEA, com resultados promissores em termos de melhora na comunicação social, habilidades de autocuidado e redução de comportamentos problemáticos em indivíduos com TEA.
Além disso, o uso de medicamentos psicotrópicos também pode ser uma opção no tratamento do TEA. De acordo com um estudo recente publicado no "Journal of Child and Adolescent Psychopharmacology" em 2021, o uso de medicação pode ser considerado em casos de sintomas graves, como agressividade, hiperatividade ou ansiedade, que podem afetar negativamente a qualidade de vida de pessoas com TEA. No entanto, é importante ressaltar que a escolha de medicamentos e a dosagem devem ser cuidadosamente avaliadas e individualizadas, levando em consideração os sintomas específicos de cada pessoa e os potenciais efeitos colaterais. A abordagem de tratamento do TEA em psiquiatria é complexa e deve ser personalizada, visando atender às necessidades únicas de cada indivíduo com TEA, com base em evidências científicas atualizadas e melhores práticas clínicas.
Depressão.
"A depressão é a luta interna entre a dor e a vontade de superá-la, mas é na aceitação da dor e na busca por pequenas alegrias cotidianas que podemos encontrar o caminho para a cura e a redenção"
A depressão é um estado emocional que afeta a vida de milhões de pessoas em todo o mundo. É como uma nuvem negra que paira sobre a mente, trazendo sentimentos de tristeza profunda, desesperança e falta de energia. Essa condição pode afetar qualquer pessoa, independentemente de sua idade, gênero ou condição social, e pode ter um impacto significativo em sua qualidade de vida.
As causas da depressão podem ser variadas e complexas. Fatores genéticos, traumas emocionais, estresse, desequilíbrios químicos no cérebro e outros problemas de saúde mental podem desencadear a depressão. Além disso, problemas sociais e ambientais, como a falta de apoio emocional, o isolamento social e a pressão do trabalho, também podem contribuir para o desenvolvimento da doença. É importante lembrar que a depressão não é uma fraqueza pessoal ou uma escolha consciente, mas sim uma condição médica tratável que merece cuidado e atenção.
- Sentimentos de tristeza, desesperança ou vazio persistentes
- Perda de interesse em atividades que antes eram agradáveis
- Dificuldade em dormir ou dormir demais
- Fadiga e falta de energia
- Sentimentos de culpa ou inutilidade
- Dificuldade de concentração e memória prejudicada
- Mudanças de apetite e perda ou ganho de peso significativo
- Pensamentos de morte ou suicídio
- Irritabilidade e ansiedade
- Dores físicas inexplicáveis, como dor de cabeça ou dor nas costas.
O tratamento medicamentoso de depressão é uma das principais abordagens terapêuticas utilizadas pelos profissionais de saúde mental. Os antidepressivos são os principais medicamentos prescritos, que podem ser classificados em diferentes classes, como inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN) e antidepressivos tricíclicos (ATC). Eles funcionam aumentando a disponibilidade de neurotransmissores específicos no cérebro, como a serotonina e a noradrenalina, que são importantes para regular o humor.
Os medicamentos antidepressivos geralmente demoram algumas semanas para começar a fazer efeito e podem ter efeitos colaterais como náuseas, tonturas e sonolência. Por isso, é importante que o paciente seja acompanhado de perto por um psiquiatra ou médico especializado em saúde mental, para que possa ser ajustado o tratamento com base na resposta individual de cada pessoa. Além disso, é importante que o tratamento medicamentoso seja combinado com outras abordagens terapêuticas, como psicoterapia e mudanças no estilo de vida, como exercícios físicos e uma dieta saudável, para ajudar a promover a recuperação completa da depressão.
Ansiedade
"A ansiedade é a angústia da liberdade e da responsabilidade, mas também a força que nos impulsiona a buscar sentido em nossas escolhas."
A ansiedade é um estado emocional que faz parte da vida de todas as pessoas, em maior ou menor grau. Na psiquiatria, a ansiedade é considerada um transtorno quando se torna excessiva e prejudica o funcionamento diário do indivíduo. Os transtornos de ansiedade incluem o transtorno do pânico, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno obsessivo-compulsivo, transtorno de estresse pós-traumático, fobia social e fobias específicas.
O paciente ansioso pode apresentar uma variedade de sintomas físicos e psicológicos, que podem incluir sudorese, tremores, palpitações, falta de ar, tonturas, náuseas, sensação de desmaio, sensação de irrealidade, medo intenso, preocupação excessiva, dificuldade de concentração, irritabilidade, insônia, entre outros. Esses sintomas podem ser desencadeados por situações que o paciente considera ameaçadoras, ou podem surgir sem motivo aparente.
- Preocupação excessiva e recorrente com diversas situações ou problemas;
- Sensação de tensão muscular e dor de cabeça constante;
- Insônia ou dificuldade em dormir;
- Sudorese excessiva e frequente;
- Sensação de falta de ar e dificuldade em respirar profundamente;
- Tontura e vertigem frequentes;
- Palpitações e taquicardia;
- Irritabilidade e alterações de humor frequentes;
- Sensação de desconexão com a realidade e com as pessoas ao redor;
- Comportamentos de evitação de situações que causam ansiedade, como sair de casa, falar em público ou viajar de avião.
Existem várias medicações específicas que são usadas no tratamento da ansiedade, que têm um efeito ansiolítico rápido e potente, mas que também podem causar dependência e outros efeitos colaterais. Os antidepressivos, como os inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), os inibidores seletivos de recaptação de serotonina e noradrenalina (ISRSN) e os antidepressivos tricíclicos, também são frequentemente usados no tratamento de transtornos de ansiedade, pois ajudam a regular os neurotransmissores que estão envolvidos no controle do humor e da ansiedade.
Um artigo recente publicado na revista The Lancet Psychiatry em 2021 revisou os estudos mais recentes sobre o uso de medicamentos no tratamento de transtornos de ansiedade e concluiu que os antidepressivos são uma opção eficaz e segura para o tratamento de transtornos de ansiedade, especialmente quando combinados com psicoterapia. O estudo também destacou a importância de uma abordagem individualizada no tratamento, com uma avaliação cuidadosa dos riscos e benefícios de cada medicação, levando em consideração as características individuais do paciente e sua história clínica.
Bipolaridade
"A mania é o fogo e a depressão suas cinzas"
O transtorno bipolar é uma condição psiquiátrica caracterizada por alterações intensas no humor da pessoa, que oscila entre episódios de mania (euforia, hiperatividade e impulsividade) e depressão (tristeza, apatia e desânimo). Essas mudanças no humor podem ser extremas e podem impactar significativamente a vida da pessoa, bem como suas relações interpessoais e profissionais.
O transtorno bipolar é uma condição crônica que geralmente começa na adolescência ou no início da vida adulta, mas pode afetar pessoas em qualquer idade. Embora a causa exata do transtorno bipolar ainda não seja totalmente compreendida, sabe-se que fatores genéticos e ambientais podem contribuir para o seu desenvolvimento. É importante destacar que o transtorno bipolar não é uma falha de caráter ou fraqueza pessoal, mas sim uma condição médica que requer tratamento especializado.
- Mudanças extremas de humor, oscilando entre episódios de mania e depressão;
- Sentir-se excessivamente feliz, cheio de energia e com ideias grandiosas durante os episódios de mania;
- Ter dificuldade em dormir ou sentir-se descansado mesmo após uma noite inteira de sono durante os episódios de mania;
- Ter pensamentos acelerados e dificuldade em se concentrar durante os episódios de mania;
- Experimentar diminuição da necessidade de sono e comer pouco ou em excesso durante os episódios de mania;
- Sentir-se triste, sem energia e desmotivado durante os episódios de depressão;
- Perder o interesse em atividades que antes eram prazerosas durante os episódios de depressão;
- Ter alterações no apetite e no sono durante os episódios de depressão;
- Ter dificuldade em tomar decisões ou em se concentrar durante os episódios de depressão;
- Ter pensamentos negativos recorrentes ou até mesmo ideação suicida durante os episódios de depressão.
O tratamento medicamentoso é uma parte importante do tratamento do transtorno bipolar. Os medicamentos utilizados para tratar a doença são chamados de estabilizadores de humor e são projetados para equilibrar os humores do paciente e prevenir episódios de mania ou depressão. Entre os estabilizadores de humor mais comuns estão o lítio, o valproato e o carbamazepina.
É importante lembrar que a medicação deve ser prescrita e monitorada por um profissional de saúde qualificado. A dosagem e a duração do tratamento variam de acordo com a gravidade dos sintomas e a resposta do paciente. É comum que o tratamento medicamentoso seja combinado com terapias psicológicas para maximizar a eficácia do tratamento.
TDAH
"A neurodiversidade é uma parte essencial da evolução humana."
O Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é um distúrbio neuropsiquiátrico que afeta a capacidade de uma pessoa de se concentrar e se comportar adequadamente. O TDAH pode afetar pessoas de todas as idades, mas é mais comum em crianças e adolescentes. Alguns dos sintomas comuns do TDAH incluem dificuldade em prestar atenção, impulsividade e hiperatividade.
- Dificuldade em manter o foco em tarefas específicas, mesmo quando são importantes ou interessantes
- Procrastinação frequente, deixando tarefas importantes para a última hora
- Sensação constante de estar "perdido" ou desorganizado
- Dificuldade em seguir instruções ou planejar com antecedência
- Impulsividade, agindo sem pensar nas consequências
- Inquietação e dificuldade em relaxar
- Mudanças de humor frequentes
- Dificuldade em ouvir e seguir conversas, frequentemente interrompendo outras pessoas
- Desafios em manter amizades e relacionamentos saudáveis, devido a problemas de comunicação e interação social
- Baixa autoestima e sentimentos de frustração ou inadequação.
O tratamento do TDAH envolve uma abordagem multidisciplinar que pode incluir medicamentos, terapia comportamental e mudanças no estilo de vida. Um artigo publicado no Journal of Child Psychology and Psychiatry mostra que o tratamento do TDAH com medicamentos estimulantes, como a metilfenidato, é eficaz e seguro para a maioria das crianças.
Além disso, a terapia comportamental pode ajudar as crianças com TDAH a aprender habilidades para gerenciar seus sintomas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é uma abordagem terapêutica eficaz que pode ajudar as crianças com TDAH a identificar e mudar padrões de pensamento e comportamento negativos.
Como podemos ajudar
No consultório do Dr. Roberto N P Gimena, oferecemos uma abordagem personalizada e eficaz para ajudar pessoas com TDAH a superar seus desafios. Como psiquiatra experiente, o Dr. Roberto N P Gimena trabalha em estreita colaboração com você para entender suas necessidades individuais e desenvolver um plano de tratamento que atenda às suas necessidades específicas.
Oferecemos tratamentos comprovadamente eficazes, como a medicação estimulante e a terapia cognitivo-comportamental. A medicação estimulante pode ajudar a melhorar a concentração e a reduzir a impulsividade e a hiperatividade. A terapia cognitivo-comportamental pode ajudar a desenvolver habilidades para gerenciar os sintomas e melhorar a qualidade de vida.